Aos que desejam me rotular:
Não sou coxinha nem mortadela. Aliás, tendo ao
vegetarianismo. Não sou fanática. Não sou radical. Não fico em cima do muro.
Procuro ser racional.
Passo meus dias tentando extrair verdades dos
acontecimentos vistos e narrados, ao vivo e na mídia (oficial e paralela),
procurando sacudir para fora o marketing de cada um para encontrar seu âmago
desmascarado. Tarefa difícil, angustiante e, quase sempre, infrutífera.
O que vejo: militantes de esquerda e de
direita usando meias-verdades e sofismas (quando não mentiras deslavadas) para
catequizar os leigos desavisados. Estes, por sua vez, preferem permanecer na
comodidade do desaviso e seguir cegamente o guru que mais atender as suas
necessidades individuais do momento. Repetem seus conceitos, como papagaios, na
tentativa de convencer seus adversários, passando-se por profundos conhecedores
da espécie humana e do futuro (e passado) do país.
Toda instituição tem sua banda podre. Nossa
política não foge à regra. Pelo contrário, extrapola qualquer porcentagem
aceitável de podridão. Essa, se alimenta do nosso conhecido "jeitinho
brasileiro". A lei da vantagem corrói qualquer tentativa de se construir
uma vida saudável em sociedade. O "o meu primeiro, o resto se der
tempo" impera desde sempre. E esse "meu" é um saco sem fundo.
A mudança tem que ser de dentro para fora, do
individual para o coletivo. E tem que começar logo!