segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Sonho


Hoje sonhei que você
Veio ao meu encontro
Caminhando
sobre a areia aquecida
pelo sol de outono.
Pegou minha mão
e me levou pelo mundo,
por lugares que não conhecíamos.
Andamos por aí,
sem hora para chegar,
sem ter para quem voltar...
Vento no cabelo,
sorriso no rosto,
amor ...
O dia era nosso.
A noite era nossa.
A vida era nossa!
Acordar? Não preciso
Porque esse é daqueles sonhos

Que a gente não sonha dormindo...

Monstros

Enfentando-se dia a dia,
há na mente dois leões:
O primeiro é razão e lógica
o segundo, só emoções.
Enquanto um analisa,
o outro não quer nem saber
Este examina, avalia
Aquele briga e manda ver.
O coitado do individuo,
dono do ringue da luta
ora conversa, negocia,
ora chama pra disputa.
há quem grite e esperneie
há quem dê gelo e se cale.
E a consequência da escolha
Vem na certa, cedo ou tarde...
   

Desabafo de uma brasileira angustiada...

Aos que desejam me rotular:
Não sou coxinha nem mortadela. Aliás, tendo ao vegetarianismo. Não sou fanática. Não sou radical. Não fico em cima do muro. Procuro ser racional.
Passo meus dias tentando extrair verdades dos acontecimentos vistos e narrados, ao vivo e na mídia (oficial e paralela), procurando sacudir para fora o marketing de cada um para encontrar seu âmago desmascarado. Tarefa difícil, angustiante e, quase sempre, infrutífera.
O que vejo: militantes de esquerda e de direita usando meias-verdades e sofismas (quando não mentiras deslavadas) para catequizar os leigos desavisados. Estes, por sua vez, preferem permanecer na comodidade do desaviso e seguir cegamente o guru que mais atender as suas necessidades individuais do momento. Repetem seus conceitos, como papagaios, na tentativa de convencer seus adversários, passando-se por profundos conhecedores da espécie humana e do futuro (e passado) do país.
Toda instituição tem sua banda podre. Nossa política não foge à regra. Pelo contrário, extrapola qualquer porcentagem aceitável de podridão. Essa, se alimenta do nosso conhecido "jeitinho brasileiro". A lei da vantagem corrói qualquer tentativa de se construir uma vida saudável em sociedade. O "o meu primeiro, o resto se der tempo" impera desde sempre. E esse "meu" é um saco sem fundo.
A mudança tem que ser de dentro para fora, do individual para o coletivo. E tem que começar logo!