terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Toca o barco.

Mais uma tragédia no recém começado 2019, contabilizando quatro em 40 dias...
A Polyanna que mora dentro de mim, já tem, na ponta da língua, o lado bom da coisa. Porque tudo sempre tem seu lado bom, é só procurar. Com algum treino, fica fácil achar.
As tragédias que envolveram comunidades inteiras como Brumadinho e as chuvas no Rio, com perdas de vidas e bens, deixando muitos desabrigados, mobilizou todo o país. Pessoas se solidarizam e muitas vezes esquecem pequenas brigas e problemas para pensar em ajudar. Nestes momentos, as redes sociais se tornam menos agressivas e fúteis para compartilhar pedidos de donativos e orações (Aleluia).
E veio a tragédia com as crianças do Flamengo.   Foi lindo ver a comunhão de todos os times, deixando de lado a costumeira rivalidade. Abraçados, torcedores vestindo diversas camisas fizeram homenagens e cantaram o hino rubro-negro.
Ontem, a morte repentina do jornalista favorito do Brasil (se já desconfiávamos desse fato, agora tivemos certeza, pela comoção que causou seu passamento), mais que um âncora, um pilar do jornalismo brasileiro. As TVs, sempre tão envolvidas na concorrência pelo olhar do telespectador, atentas aos níveis de audiência, matando e morrendo pelo furo da notícia, só fizeram, em uníssono, reverenciar nosso querido Ricardo Boechat, mostrando imagens umas das outras na tentativa de melhor mostrar a trajetória de sucesso do querido colega, respeitado e amado por todos.
Agora Polyanna vai ali tomar um sorvete, e fica aqui essa cronista pobre mortal, com seus questionamentos não tão otimistas. E o que me pergunto é: por que essa Humanidade que sempre se apresenta individualista e agressiva só consegue mostrar seu outro lado, aquele cheio de empatia e amor ao próximo, depois de muito sofrimento?
O caminho da evolução ainda é longo...  Mas chegaremos lá.
Toca o barco!