Realejo

Vocês conhecem um realejo?

Realejo, segundo o dicionário, é uma espécie de órgão portátil que tem o fole acionado por uma manivela. Nas quermeces e festas populares de antigamente encontrava-se o realejo anunciando a sorte.Acima do instrumento havia uma gavetinha com inúmeros papeizinhos que traziam textos predizendo o futuro. E, numa gaiolinha, estava um periquito treinado que, ao toque da música, subia na gavetinha e retirava um papelzinho para o cliente que queria saber sua sorte.

A melodia do realejo acompanhou a mocidade de muita gente na primeira metade do século passado. Depois foi sumindo. Estive em São Paulo no início do mês e, para minha surpresa, encontrei um realejo na Praça da Liberdade(foto). Mostrei a minha filha e tiramos a sorte com o periquitinho.

A respeito disso, há uma antiga música de carnaval que diz "Meu periquitinho verde/tira a sorte por favor..." E há também uma composição de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, de 1940, gravada por Silvio Caldas, Orlando Silva, entre outros, que se chama "Velho Realejo". Se você quiser ouví-la, acesse: www.paixaoeromance.com/40decada/realejo/h_velho_realejo.htm

Homenagem

Com um dia de atraso, deixo aqui minha homenagem a todas nós, mães, efetivas ou em potencial:

MÃE, VOCAÇÃO DE MULHER
Luciane Madrid Cesar


Mãe é mãe, em qualquer lugar.
Onde quer que haja uma mulher,
Sempre haverá “filhos” a seu lado.
Há a mãe que concebeu e deu à luz;
Mas há também, sublime, a que doa amor
Ao filho que por outra foi gerado.

Há a mãe-irmã do irmão sem juízo,
Há a mãe-filha do pai sem amparo;
E há a mãe da própria mãe, idosa e doente.
Há a professora, meio mãe, das primeiras letras;
Há a amiga-mãe, que traz bons conselhos;
E a mãe ausente, no coração inda presente.

Será mãe só de seu filho aquela
Que do leite que derrama de seu seio
Para alimentar seu filho pequenino,
Reserva um pouco a cada mamada
Para levar à família desnutrida
E matar a fome de outro menino?

E a mãe enfermeira, que junto ao leito
Do ente enfermo passa noites acordada
Orando por seus doentes à meia-luz.
Orem mulheres da Terra, pela graça
Da doce missão que vos incumbe
A mãe maior - a mãe de Jesus.

A VIRADA QUE EU VI

A Virada Cultural em São Paulo não foi feita só dos grandes palcos montados no centro da cidade. As entidades culturais também entraram nessa. E eu fui conferir algumas atrações:

No museu da Lingua Portuguesa, a virada começou mais cedo. Ás 14 horas o Sarau Chama Poética fez uma homenagem ao compositor Ataulfo Alves em seu centenário. Participaram os músicos Irineu de Palmira, Denden e Renato Campos e os atores Alex Dias e Francesca Cricelli.

Na Casa das Rosas, iniciando oficialmente a

Virada, a Cia Teatral Amigos do Almeida apresentou às 18 horas a tragicomédia "A atriz Ideal" - texto de Fernando Viti

No Centro Cultural Vergueiro, a noite foi dos dançarinos. Aulas de dança de salão, gafieira, street dance etc. ao som de música ao vivo ou DJs movimentaram a madrugada. Estas fotos são da aula de tango, às 9 h do dia 03.

Valeu!!!!!