Aqui estou eu, sem saber o que dizer...
Há uma ansiedade de palavras em meus dedos martelando o teclado.
Como se começa?
"Pelo começo", diria o Chapeleiro Louco a Alice.
E a Lebre Maluca completaria: "E quando chegar ao fim, pare!"
Filosofia de Lewis Caroll popularizada por Walt Disney. Nada mais óbvio.
O mais difícil é definir começo e fim...
No meu caso, o começo são as palavras que não vêm à mente. E espero que o fim seja com as palavras fluindo pelos meus dedos como água de riacho.
Parece que estou mais perto do começo que do fim...
Bem, vamos lá:
Quero começar este blog com uma crônica em homenagem a pessoas muito especiais que se mudaram para longe de mim nesta semana.
Familia Belineli reflete todo o carinho que tenho por eles. Boa leitura!
Família Belineli
Um dia nós nos mudamos para um condomínio onde ainda não havia ninguém. E nos sentimos sós.Mas logo chegou outra família e trouxe amizade, carinho, diversão, confortoE se tornaram mais do que vizinhos. Tornaram-se amigos-irmãos. Formamos uma família.No dia em que eles se mudaram fiquei muito feliz de ver chegando mais alguém por ali.Algum tempo depois vieram instalar o box no meu banheiro. Justo no dia que chegariam parentes de São Paulo.E o rapaz, ao terminar, me dá a notícia.” Não pode usar por 24 horas”.- Como? Eu estou com visitas, moço!!- Sinto muito, não tem jeito.Ah, tinha sim. E eu nem pedi. Só fizemos um comentário no portão e imediatamente o banheiro da casa deles foi posto à nossa disposição...O caçula de lá com a caçula de cá corriam, brigavam e brincavam pelo condomínio. Faziam doces em nossas cozinhas seguindo com atenção o “Manual de Receitas da Magali”. O brigadeiro era o preferido: faziam enrolado, branco, com côco, de colher.... E faziam deliciosamente. E sempre sobrava um pedaço pras mamães. Eram companhia um para o outro na solidão solidária dos filhos de mães que trabalham fora.Mas o tempo passou, veio a adolescência, mudaram-se os gostos, as brincadeiras, os companheiros. Só não mudou o carinho que sentiam no coração.Certa vez apareceu um rato na minha cozinha. Sem coragem para resolver o problema, corri na casa deles. Ela logo pensou em tragédia ao ver meu rosto transfigurado pelo pânico. Meu amigo-irmão foi lá resolver o problema. Eu não me atrevi a assistir a cena.Quando a mãe de nossa amiga-irmã faleceu, nós choramos com ela. E o dia em que ela apareceu na minha janela procurando um amparo para livrá-la da depressão daquele momento, eu me senti honrada por poder retribuir as muitas vezes em que encontrei em sua casa o colo, o ombro e o carinho que precisei.O condomínio ficou um pouco vazio. Para mim foi como uma parte da família que se mudasse.Mas tenho certeza que eles se foram para ser mais felizes. E por isso minha saudade tem um bocadinho de riso...e paz!!Há pessoas que são como estrelas. Mesmo quando não aparecem para nós, sabemos que estão em algum lugar, iluminando o céu de outras pessoas.
Lu que LINDO! (Teclado com defeito, sem acentuaçao rsrs)
ResponderExcluirAcho que ninguem aqui tinha noçao de como voce gostava de nos.
Lembrei de tanta coisa lendo isso *-*
Mas quem sabe algum dia nao poderemois estar todos reunidos denovo?
Apareçam por aqui.
Beijos
Saudades
Luiz Otavio :)
Mãe! que lindo!!
ResponderExcluirsem palavras...
:')
Giulia